Sábado
resolvi ir prestigiar a Bienal do Livro. Afinal de contas, adoro ler. Tomei o busão até o terminal do bairro.
No caminho, ficou um carinha
perto de mim que de vez em quando roçava sua mão em cima da minha. Depois tomei
outro até o terminal central e outro para a estação de trem.
Fui sentado ao lado de um
carinha de pernas bem grossas e brancas. Estava com um chinelo crocs. Marquei
bobeira. Podia ter tirado uma foto das pernas dele por baixo das minhas pernas.
Mas tudo bem. O cara deu umas esfregadas de leve na minha perna esquerda e
senti toda a maciez dos seus pelos. Quando desci na estação, levantei e,
quando passei por ele, dei mais uma esfregada em sua perna.

Tomei
o trem e fui a viagem toda lendo e escutando música. Desci na Luz e tomei o metrô
para o Tietê. Ia andando para a Bienal, mas como estava muito sol, resolvi
pegar o busão para o local.
Quando
entrei, parecia um sonho! Fazia tempo que não ia na Bienal do Livro. Gostaria
que alguém de dinheiro construísse um shopping somente com livrarias. Será que
nunca teve essa ideia? Tenho certeza que iria fazer o maior sucesso!


Quando
fazia faculdade, uma professora falou de um livro chamado O Vermelho e o Negro
de Stendhal. Sempre tive vontade de lê-lo. Como o livro estava em promoção,
resolvi comprar. Comprei outro chamado No Caminho de Swann de Marcel Proust. Também
é muito famoso. Queria ter comprado Madame Bovary, mas não estava em promoção. Quando
tiver uma promoção, compro para ler novamente. Foi um livro inesquecível!

Vi
alguns autores famosos, como o Doutor Bactéria, a Thalita Rebouças, e outros não
tão famosos assim, mas que estavam dando seus autógrafos. Muita gente interessante.
Também passei por stands que apresentavam programa. Ia ter uma palestra com o
Fernando Henrique Cardoso mais a fila virava a esquina.
Quem eu mais gostei de
ver, foi o Mauricio de Souza. Foi meu ídolo dos quadrinhos. Adorava a Mônica e
toda a sua turma. Tentei tirar uma foto de longe, mas tinha gente que ficava na
frente dele. O corredor estava lotado. Mal consegui passar. Então desisti.

Tinha
uma exposição de nano tecnologia, mas a fila era imensa e eu ia ter que esperar
muito. Muito gente sentava no chão comendo marmita, lanche ou outra coisa
qualquer, apesar de ter praça de alimentação. Pessoas jogavam coisas no chão. O
pessoal da limpeza precisava ficar sempre alerta.
O
livro mais barato que comprei custou 5,00 reais e o mais caro 24,00 reais. Quando
estava para dar oito da noite, consegui visitar todas as stands. Terminei a
Bienal com três sacolas e uma mochila cheia de livros. Já estava com dores nos
braços e nas costas. Baixou uma deprê só de pensar na volta para casa.
Na
saída, descobri que tinha ônibus para a Barra Funda. Enquanto estava na fila, percebi que um rapaz tinha comprado a edição do Lanterna Verde. Queria ter comprado essa edição só por causa do beijo que ele dá no seu namorado, mas a fila dava uma volta danada.


Tomei
o busão para o terminal central. Quando cheguei lá, enquanto descia, entrou um
morenaço de pernas bem grossas e peludas. Além de bonito, tinha um pezão bem
grande. Devia ser vermelhinho e bem macio. Deu vontade de passar a mão nas
pernas dele. Os pelos pareciam tão macios! Só aí que tinha me tocado, que o
tempo que passei lá, me fez esquecer meu fetiche por pés masculinos.


Amigos
leitores, torçam para que alguém tenha a coragem de construir o shopping dos
livros. Vou ser o primeiro no dia da inauguração.
Dedico ao meu novo seguidor chamado Ed que tem um solão delicioso.
Beijos
nos pés!
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