Dado Dolabella
O carioca Carlos Eduardo Bouças Dolabella Filho nasceu em 20 de julho de 1980 na cidade do Rio de Janeiro. Foi criado em meio a scripts de cinema, teatro e televisão.
É filho de atores veteranos, a espanhola
Pepita Rodrigues, que veio criança para o Brasil, e do saudoso carioca Carlos
Eduardo Dolabella, que junto com a mulher se tornou conhecido do grande público
na década de 70. Assim, ficou fácil para Dado decidir que queria ser artista,
ainda no início da adolescência.
Antes de completar 14 anos, ele já fazia aulas
de teatro e violão. Se sentiu realizado quando pisou num palco, no primeiro dia
de aula. Mais tarde, quando encenou sua primeira peça profissional, realizou um
sonho.
Dirigido
por Rosane Gofmann, o espetáculo em questão se chamava Mesa Sete. Apresentado
num bar da zona sul carioca, o roteiro era dividido em episódios semanais. Isso
exigia que o público retornasse ao lugar durante sete sextas-feiras
consecutivas para acompanhar o desenrolar da trama. A ideia deu certo e o cachê
tirou o ator do sufoco.
Na época tinha 18 anos e estava sem mesada. Graças a
esse trabalho, podia usar o dinheiro para ir ao cinema. A decisão paterna de
limitar a ajuda financeira rendeu frutos ao ator. Sem grana no bolso, teve que
ir à luta.
O pai lhe ensinou a confiar em si mesmo e o fez ver que nessa vida
nada se consegue sem dedicação. Se sente satisfeito de ter vencido os
obstáculos com seu esforço pessoal.
Dado fala da família com carinho. Acha os
pais extraordinários porque começaram a trabalhar numa época difícil, em que as
atrizes eram vistas como prostitutas e os atores como homossexuais. Venceram o
preconceito e mostraram ter muito talento. Serviu como espelho, referência para
ele.
Apesar
de ter herdado a desenvoltura e o charme dos pais, foi reprovado várias vezes
nos testes de interpretação. Decidido a melhorar seu desempenho, Dado se
matriculou na tradicional Casa das Artes Laranjeiras, a CAL, escola de teatro
parideira de diversos talentos jovens.
Aprendeu muito sobre a arte dramática e
cresceu profissional e espiritualmente. Entendeu a verdadeira dimensão do
trabalho de um ator e só saiu do curso um ano e meio depois, para fazer o
seriado Malhação, por que não conseguiu conciliar os horários. Também ficou
impossível escapar do assédio das fãs.
Moleque
travesso, precisou trocar de colégio seis vezes para não ser expulso por mau
comportamento. Garante que suas travessuras eram ingênuas. Preferia ficar na
biblioteca se escondendo da professora ou no pátio conversando com as meninas.
Também falava tudo o que pensava, a quem quer que fosse.
Uma vez chamou a
coordenadora da escola de bruxa, outra vez foi pego em flagrante namorando na
hora da aula. Para compensar, era curioso e aprendia rápido. Gostava mesmo era
de cantar e tocar violão.
Ele
pôs seu talento à prova como compositor ao improvisar uma versão em português
da música Every Rose Has Its Thorn, da banda Poison, lá pelos 15 anos. Naquele
dia descobriu que compor era uma coisa simples. Os versos de suas canções falam
cada vez mais de paixão.
O
ator acredita que o casamento faz parte de seus planos, como bom canceriano que
é. Acredita que o verdadeiro amor é eterno.
Apegado
à família, Dado diz que seus avós maternos, Maria e José, chegaram a completar
70 anos de casados. Ela veio da Espanha com o marido depois da guerra. Os dois se
casaram adolescentes, contra a vontade do pai dela.
O rapaz não nega que sofreu
com a separação dos pais, quando ele tinha 10 anos. Ficou revoltado. Queria que
eles ficassem juntos para sempre e não gostava da ideia de ver a mãe namorando
de novo. Lembra que se escondia na garagem e saía correndo atrás do carro
sempre que sua mãe saía para passear com alguém.
Reconhece que o ciúme acabou e
mantém uma relação de harmonia com seu padrasto. Não
se considera um galã, e acredita que é preciso mais do que uma cara boa para
dar certo. Prefere se concentrar no trabalho e deixar de lado o espelho. Não vê
vantagem em ser conhecido apenas pela sua imagem, mas sim, pelo seu trabalho.
Dono
de 1,83 metro de altura e 77 quilos, Dado pratica tênis, natação e futebol. É
fã de um bom prato de risoto e se diz preocupado em ganhar peso. Fanático pelo
Flamengo, ele confessa que em dia de partida fica nervoso. Para provar seu
amor, ele exibe o chaveiro de seu Audi, com o emblema do clube. O chaveiro foi
presente de uma fã.
Participou
da primeira edição do reality show A Fazenda na Rede Record em 2009, e faturou 1 milhão de reais, com 83% dos
votos do público. Tem um filho com Viviane Sarahyba que se chama João Valentim e
outro filho que se chama Eduardo, fruto de um rápido relacionamento que teve
com a estudante de direito Fabiana neves.
Fonte:
Revista Nova, 02/2003 e Wikipédia.