Frio
e chuva foi o que fez essa semana. Apesar de acordar cedo para trabalhar,
aproveitei muito esses dias.

No sábado deu uma esquentada, mas no domingo voltou a esfriar e chover novamente. Adoro quando o tempo está assim.



O trem chegou logo, mas a estação estava cheia de gente. Tomei o trem e fui sentado escutando rock e lendo o Doutor Jivago.
Depois
de fuzilamentos dos rebeldes, da matança de crianças e de mulheres, da
carnificina sanguinária e do genocídio que parecia que nunca iria terminar,
cheguei na parte em que o Doutor Jivago tem seu grande caso de amor.

“Fui
sua paixão infantil, aquele desejo avassalador que fica oculto, que o orgulho
infantil não permite revelar mas que está escrito no rosto e é percebido por
qualquer um. Éramos amigos. Éramos tão diferentes quanto eu e você somos
semelhantes. Ainda naquele tempo, escolhi-o com o coração.” Boris Pasternak. Nessa
passagem, a amante de Jivago justifica porque casou com o marido.


Doutor Jivago sofreu grandes provações. Perambulou pelo mato, passou fome, ficou com a barba e os cabelos compridos.

Dormiu em uma casa com ratos andando para cima e para baixo. Viveu intensamente grandes paixões. Casou três vezes. E sofreu de problema cardíaco.
Depois
que cheguei na Barra Funda, tomei o metrô para o Tatuapé. Vi algumas belas
pernas e alguns pés com chinelos. Chegando no Tatuapé, fui logo comprar o
bilhete de volta para casa.

Na fila, a minha frente, tinha uma turminha de carinhas que estavam vindo de alguma viagem. Pena que estavam todos de calças compridas e de tênis.
Depois
passei em uma livraria, mas não comprei nada. Comprei coisas para comer e me
mandei para a sessão de cinema. A fila estava enorme.

Beijos
nos pés!
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