21 de Janeiro
Acordei antes das seis. Tomei banho e me arrumei. Bebi bastante água e
deixei para comer no aeroporto para não perder tempo.

Ainda bem que sai cedo, porque enquanto estava no ônibus, deu um baita
chuvão.
O percurso demorou quase duas horas. Cheguei cedo e aproveitei para
comer. Depois fiz o check in e fiquei aguardando. O aeroporto, apesar de longe
do centro de Buenos Aires é bem bonito.
Tirei os sapatos na hora de passar pelo detector de metais, mas como
estava com o cinto, a máquina acionou o alarme. O segurança me perguntou para
onde eu ia, e me revistou.
Dessa vez não levei a garrafa de água para não ter
problemas.
Entrei no avião e fiz uma boa viagem. Desembarquei em Porto Alegre e
tive que esperar até anoitecer para pegar outro voo.
Tentei sair do aeroporto,
mas estava muito quente e o dia estava muito ensolarado. Então fiquei lá mesmo
e fiquei escutando a Rádio Continental, que também era 98,3 FM.
Quase comprei
umas lembrancinhas no aeroporto, mas não aguentava mais nenhum peso. Adorei tudo
o que tinha do Grêmio, pois sou fã desde pequeno.


O policial foi checar minha documentação depois me liberou. A policial
disse que fui sábio em ir passar a noite no hospital.
Chegando lá, conheci outro cara que perdeu o busão porque tinha ido no
pronto socorro e acabou ficando lá fazendo hora. Conversamos bastante.

Depois de um tempo, se aproximou um drogado para conversar com a gente. Ele
disse que se sentia muito sozinho e que queria desabafar um pouco.
Dei atenção
para ele e ficamos conversando. Teve uma hora que ele entrou no hospital
para beber água e acabou trazendo para mim. Eu disse que não estava com sede e
ele achou ruim por eu não tomar. Lembrei de um amigo que me mandou uma mensagem
minutos antes de eu embarcar, pedindo para eu não beber nada de estranhos.
Agradeci
o copo de água e acabei jogando num vaso com plantas. Ele achou ruim e depois
foi embora.
Continuei minha conversa com o carinha. Acabei tirando meu sapato para
mostrar para ele um calo que estava me incomodando, e ele ficou olhando
fixamente.
Acho que o cara também era podólatra. Mas como ele disse que era
casado, acabei colocando o sapato e continuamos a conversar. Quando deu quatro
e meia da manhã, fomos andando até o terminal para pegar o busão. Nos despedimos
e ele me estendeu a mão. Era bem macia e rosada.

Cheguei em casa e fui tomar banho e depois fui desarrumar a mala para
lavar minhas roupas. Não deu tempo nem de descansar, mas fui dormir cedo porque
tive que trabalhar no outro dia.
Amanhã conto sobre alguns turistas e hóspedes do hostel.
Beijos nos pés!
Aeroporto Internacional Ezeiza
Aeroporto Porto Alegre
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