segunda-feira, 8 de abril de 2013

Pane no trem



Acordei no sábado ansioso para assistir o filme Mama. Tomei banho, comi e depois fui para o ponto de ônibus.

Tomei o busão para o terminal do bairro. Chegando lá, tinha um mulato de pernas grossas e peludas sentado em um banco. Fiquei com vontade de fotografar o cara, mas estava ouvindo música e não queria ter que parar para acessar a câmera. 

Desceram várias pessoas enquanto esperava o busão para a estação de trem, mas não fiz o mínimo esforço para fotografar. Tentei guardar todas as pernas peludas em minha memória.


Quando estava para chegar o meu busão, o terminal ficou quase vazio, porque havia saído vários ônibus ao mesmo tempo. 

Então reparei no mulato que ainda estava sentado. Resolvi me aproximar para fotografar suas belas pernas. Mas quando comecei a me dirigir até ele, chegou o meu ônibus. Acabei desistindo e entrei logo no ônibus que foi completamente vazio. Pena que o mulato não veio junto comigo. Fui sentado lendo e ouvindo música até o terminal central. Depois tomei outro ônibus para a estação de trem.

Peguei o trem meio vazio e fui lendo o livro Um Amor Para Recordar.

Diferente dos outros que li, esse aborda um romance, mas com muita pitada de humor. Em várias passagens do livro, chorei de dar risada. Não lembro de ter rido tanto enquanto lia alguma coisa. Não sou chegado a programas humorísticos e nem em livros assim.

Quando cheguei no terminal Francisco Morato, fiquei aguardando o trem para Sampa. Era quase uma hora da tarde. Depois de algum tempo, a estação ficou lotada.

Tinha um bêbado ao meu lado que começou a xingar e ameaçar quebrar tudo. Veio uma moça da segurança conversar com ele. Os trens iam chegando e enchendo a estação de gente. Outras pessoas começaram a ficar nervosas e a gritar e falar alto com alguns policiais que estavam lá.


O pânico começou a se instalar. Eu apenas lia meu livro dando muita risada e escutava uma música de rock.

Até que alguém anunciou que deveríamos esvaziar a estação para a nossa própria segurança e se dirigir até a saída para pegar outro bilhete.

Foi preciso alguns seguranças fazerem as pessoas saírem da plataforma de embarque, porque muitos se recusavam a ir embora. Mesmo avisando que era para a nossa própria segurança. Depois descobri que tinha acontecido um incêndio no prédio do Centro de Controle Operacional (CCO) que fica no Brás.


Saí do terminal e procurei um ponto de ônibus intermunicipal para voltar para a minha cidade. Demorou a chegar, mas não consegui ir nele. Depois que passou o terceiro ônibus, finalmente consegui ir no fundo do ônibus, junto a porta de saída, espremido por muita gente. 

Fiquei ao lado de um carinha bem branquinho e bonito. Teve uma hora que ele encostou sua mão esquerda na minha. 

Era bem macia, mas quando olhei para os seus pés, eram bem pequenos. Acho que calçava 39. Foi muito broxante para mim.


Passei por um pesqueiro que fica na Rodovia Anhanguera. Tinha muitos caras de bermuda e chinelo pescando peixes. 

Muitos estavam sem camisa. Era cada pezão descalço tomando o sol da tarde. Fiquei com vontade de descer e ir até lá dar uma conferida de perto.

Desci num ponto perto do terminal de trem da minha cidade. Então, acabei resolvendo ir ao shopping para ver se conseguia assistir ao filme.

Amanhã continuo minha jornada.

Beijos nos pés!

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