Estive
em Niterói nas férias e acabei me apaixonando.
Sempre tive muita curiosidade em conhecer o lugar por causa de muitos artistas que são de lá.
Sempre tive muita curiosidade em conhecer o lugar por causa de muitos artistas que são de lá.
O
que se conhece de livros didáticos e internet é apenas um fragmento, mas que de
tão forte e belo, pode ser lido como se fosse um poema independente.
Eis
o fragmento de Eduardo Alves da Costa:
No
caminho, com Maiakóvski
“[...]
Na
primeira noite eles se aproximam
e
roubam uma flor
do
nosso jardim.
E
não dizemos nada.
Na
segunda noite, já não se escondem;
pisam
as flores,
matam
nosso cão,
e
não dizemos nada.
o
mais frágil deles
entra
sozinho em nossa casa,
rouba-nos
a luz, e,
conhecendo
nosso medo,
arranca-nos
a voz da garganta.
E
já não podemos dizer nada.
[...]”
Eduardo
Alves da Costa nasceu em Niterói (Rio de Janeiro) em 6 de março de 1936.
Graduou-se
no curso de Direito na Universidade Presbiteriana Mackenzie em 1952. Organizou,
em 1960, no Teatro de Arena (São Paulo), uma das mais instigantes atividades
culturais do período, as Noites de Poesia, em que eram divulgadas as obras de
jovens poetas. Participou do movimento Os Novíssimos, da Massao Ohno, em 1962.
O
poema mais popular do autor, No Caminho, com Maiakóvski, escrito na década de
1960 como manifestação de revolta à intolerância e violência impostas pela
ditadura militar, foi envolvido em uma série de equívocos quanto à atribuição
de autoria.
Para alguns, o texto era do poeta russo Vladimir Maiakóvski.
Para outros,
o verdadeiro autor era o dramaturgo alemão Bertolt Brecht.
Durante
a campanha das Diretas Já, o poema virou símbolo na luta contra a ditadura,
aparecendo em camisetas, pôsteres, cartões postais, sendo quase sempre
associado ao poeta russo ou ao dramaturgo alemão.
Com a introdução da internet
no país, o equívoco massificou-se.
De acordo com Costa, o engano surgiu na
década de 1970, quando o psicanalista Roberto Freire incluiu em um de seus
livros o poema, dando crédito ao escritor russo e citando Costa como tradutor.
Entretanto,
o autor diz não se arrepender de ter utilizado o nome do autor russo no poema.
Beijos
nos pés!
Fonte:
Wikipédia.