Fui dormir cedo, pois iria ter que acordar cedo para fazer a maratona de
ônibus, trem, metrô e depois ônibus novamente, até Cumbica.
Apesar de ter
acordado várias vezes durante a noite, levantei vinte para as seis da manhã. Me
arrumei e comi algo de fácil digestão. Ainda não sabia se iria esporte ou
social. Lembrei de um livro de Glória Kalil, na qual ela dizia que em viagens devemos
usar uma roupa cômoda, mas estilosa.
Como eu pretendia assistir a alguma peça
de teatro e visitar museus, resolvi ir com uma roupa social e um sapato novo
que havia comprado.
Levei até gravata, caso surgisse oportunidade de usar. Como
era um voo internacional, achei melhor ir mais apresentado.
Acabei chegando as onze no aeroporto, e o voo iria sair as 13:20. Acabou
dando tudo certo. Bebi bastante água a acabei indo três vezes ao banheiro. Talvez
fosse nervosismo de primeira viagem internacional.
Na hora do embarque, tive
que deixar a água, pois não podia levar garrafas com líquidos. Tive que tirar
celular, cinto, relógio e até o sapato para passar no detector de metais.
Quando entrei no avião, reparei que as poltronas eram bem estreitas. Ainda
bem que eu tenho as pernas curtas.
Meu lugar era na janela, mas cedi meu lugar
a uma senhora que queria dormir. Aproveitei e fui lendo o livro do Nicholas
Sparks chamado A Escolha.
Enquanto viajava, minha maior preocupação era trocar
a cédula de cem pesos por cédulas de menor valor e principalmente moedas, já
que eu iria ter que pegar ônibus.
Chegando lá, passei na imigração para pegar o visto e fui direto no câmbio
trocar o dinheiro. Depois sai e fui para a parada de ônibus. Reparei que a rua
estava deserta.
Tomei o busão e na hora de pegar, não tinha moedas de 50 centavos. Então
uma senhora acabou pagando para mim. Dei o dinheiro a ela, mas ela não quis
aceitar. Agradeci e pedi para o motorista me deixar próximo do Hostel.
Em determinado
momento, o motorista parou o ônibus e pediu permissão para usar o banheiro. Acabou
esquecendo de me deixar no meu ponto e acabei tendo de andar algumas quadras.
Enquanto
procurava em um papel o nome da rua, um senhor de 90 anos percebeu minha
aflição e me informou o caminho. Disse que tinha parente morando no Leblon e me
aconselhou a ter cuidado por aquelas ruas, pois como estava deserta por causa
do réveillon, podia correr o risco de ser assaltado.
Cheguei no hostel que
ficava a dez metros do metrô. Era tudo o que tinha imaginado. Ficava perto do
metrô, tinha farmácia, mercado, kiosco, padaria e tudo o que precisasse.
Quando entrei no hostel, a dona não estava e acabei ficando conversando
com três brasileiros e um argentino.
Me deram algumas informações preciosas, e
algumas que eu já sabia. Quando a dona chegou, paguei o restante que faltava e
fui para meu quarto que ficava no andar de cima. Era pintado com duas cores e
parecia um filme do Pedro Almodóvar.
Tomei logo um banho e sai para comprar algo. Comprei uma bolacha e
algumas frutas em uma vendinha, pois os mercados estavam fechados. É claro que
os preços estavam nas alturas, mas não teve problema.
Os brasileiros me
convidaram para ir na queima de fogos que iria ter no Porto Madeira, e depois
iriam em uma balada. Mas eu estava muito cansado.
Comi minhas frutas, enquanto
a dona do hostel preparava um jantar especial, (churrasco). Mas como sou
vegetariano e estava muito cansado, acabei indo para o meu quarto. Dormi e
acordei com os fogos. Assisti a queima pela janela e depois fui dormir.
Sei que
podia ter aproveitado mais o réveillon, mas como não ligo para essas
festividades, acabei indo dormir. Sabia que iria ter muito tempo para aproveitar.
Antes de ir dormir, troquei ideia com uma japa que namorava um americano
e uma americana muito fofinha.
Ensinei algumas palavras em português.
Amanhã continuo contando como foi meu primeiro dia do ano.
Beijos nos pés!
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