Certa vez, resolvi pegar carona com o parrudo. Na saída do estacionamento, uns amigos do parrudo acenaram para ele e disseram “aí parrudo, se deu bem hein!” Fiquei muito lisonjeado com o comentário, porque o carinha que falou estava se referindo a mim. Não deu para ver o carinha direito, mas era bem novinho. Geralmente, gosto de homens mais velhos. Mas mesmo assim, ganhei o dia!
Até que chegou o fim do ano. A turma resolveu fazer uma confraternização numa cachaçaria. Apesar de não beber, resolvi ir. Chegando lá, o pessoal resolveu ir num restaurante pois estavam com fome. Pediram pizza, chop e cerveja. Uma colega resolveu pedir uma bebida com Martini. Eu fiquei só na água, pois queria ver o pessoal soltar a franga.
Teve um momento, que uma colega já estava alterada, e começou a soltar farpa para todo lado. Meu amigo parrudo perguntou se ele tinha cara de homem, de macho, então ela disse que não. Passou uma vergonha o coitado. Sempre tive cuidado com ela, pois era sincera demais e inconveniente. Dizia tudo o que pensava na cara dura. Não poupava ninguém.
Eu comecei a reparar num carinha na mesa de frente a minha. O cara apesar de ter a minha idade, bem que era um gato. Fiquei com medo de alguém perceber algo e nem pude aproveitar a cantada do cara. Ninguém prestou atenção, mas um cara da mesa ao lado da minha percebeu. Teve uma hora que olhei e ele, juntamente com outra mulher, estavam rindo. É foda! Quase não saio. Quando saio e sou paquerado, tem alguém para jogar um balde de água fria em mim.
Quase na hora de ir embora, chegou um antigo colega de trabalho com a namorada. Acho que nem percebeu a minha presença. Pensei em falar com ele, mas como estava com a namorada, resolvi ficar na minha. Trabalhei com ele no ano anterior. Rolou um clima entre a gente, mas não deu em nada. Outro dia conto sobre ele.
No fim da noite, a metade da mesa já estava alterada. A colega sincera só faltou fazer strip-tease em cima da mesa. Na volta, meu amigo me deu carona até próximo da minha cidade.
Nos encontramos na semana seguinte no trabalho, e depois disso, todos entramos em férias coletiva. Nunca mais o vi, porque no ano seguinte, voltei a trabalhar em minha cidade.
Beijos nos pés!
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