quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Praça Roosevelt

Certa vez, fui assistir um filme em um cinema perto da praça Roosevelt. Quando sai da sessão, passei em uma banca de jornal para comprar uma revista de sacanagem. Na realidade, comprei um gibi erótico e uma revista de contos eróticos. Nada fora do normal!

Depois que sai da banca, resolvi sentar um pouco numa praça que tinha lá perto. Enquanto folheava o gibi, avistei um carinha em pé diante um carro. Estava um pouco frio. Às vezes ele tirava a camisa. Era bem novinho e não tinha me ligado que o garoto fazia programa. Então continuei a leitura do gibi. Quando acabei, passei para o conto erótico. 

Quando fui começar a ler, percebi que o carinha estava bem próximo do meu banco. Então ele sorriu e acenou para mim. Eu correspondi dizendo “e aí”!
Foi deixa para o carinha se aproximar. Ele veio e sentou um pouco no meu banco e começou a puxar papo comigo. Perguntou o que fazia ali. 

Eu disse que tinha saído do cinema e havia parado para ler um pouco no banco da praça. Apesar do gibi ser um conto erótico hétero, fiquei com vergonha de mostrar a ele. Ainda não tinha percebido nada! De repente, o cara começou a dizer que fazia tudo, menos ser passivo. Só aí foi que entendi que ele era garoto de programa. Me apontou um coroa que estava a fim de comer ele, mas ele disse que não rolava.

Passou alguém bem devagar, então ele levantou e foi até o carro e tirou a camisa. Conversou com o cliente, mas não rolou nada. Ele voltou e começou a contar que ninguém da sua família sabia o que ele fazia. 

Ele morava na periferia de São Paulo e ia lá quase todas as noites. O carinha era bem bonitinho. Pena que não deu para ver seus pés, pois estava de calças jeans e tênis. Devia ter um pezinho lindo!
Enquanto conversávamos, parou um motorista de taxi. O cara ficou olhando para mim. 

Quando o carinha levantou para ir até o carro de um cliente, o motorista saiu do carro e ficou em pé olhando para mim. Acho que o cara pensou que eu estava fazendo programa. Abaixei a cabeça e continuei lendo o conto erótico. Logo depois disso, o carinha veio até mim e disse que iria embora, pois tinha horário para chegar em casa. Eu aproveitei e me mandei, antes que alguém viesse me abordar.

Beijos nos pés!

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