domingo, 10 de julho de 2011

Cine Ipiranga


Que saudade desse cinema. Um belo fim de semana, precisamente sábado à tarde, combinei com um amigo de irmos assistir a um filme.


Combinamos de nos encontrar em frente do Cine Ipiranga. Cheguei um pouco cedo e fiquei olhando os filmes. Lembro que estava passando “Carandiru” e a fila era bem grande. Chegava a sair do pátio do cinema e já tinha gente na calçada. Sentei próximo do pipoqueiro que era meu brother e fiquei esperando o meu amigo. De repente, chegou um cara para comprar pipoca. Quando olhei para baixo, o cara tava de bermuda e chinelo.


Tinha umas pernas grossas e peludas. Os pés eram grandes e rosados. As unhas estavam bem curtas e limpas. O lado esquerdo tinha uma tatuagem. Nunca tinha visto um pé tão lindo com tatuagem. Um pé grande. Pé de macho. Bem cuidado.



Foi difícil disfarçar. Acho que o cara percebeu. Lembro que deu uma risada.

Perguntou se eu estava sozinho e que filme iria assistir. Disse que estava esperando um amigo e que estava escolhendo o que assistiria. Nisso, ele perguntou se não queria que eu o acompanhasse até a bilheteria.


Resolvi ir, mas sempre de olho para ver se meu amigo chegava. Enquanto estávamos na fila, às vezes ele roçava em minha perna. Também estava só de bermuda e o cara me deu muito prazer.


Lembro que teve uma hora que fiquei arrepiado. Tentei disfarçar, mas não teve jeito. O cara riu e perguntou se eu estava com frio. Disse que um bichinho tinha me ferrado, pois estava no verão e não daria para culpar o tempo. Já estava se aproximando de comprar o bilhete. Aí o cara olhou para mim e perguntou se eu não tava a fim de assistir o filme. Fui muito covarde.



Coloquei a culpa no meu amigo e disse que tinha que esperar ele.

Então ele disse, que se meu amigo viesse, era para irmos se encontrar com ele lá dentro e que depois sairíamos para dar um role. Disse para ele que tudo bem!




Esperei, esperei e nada do meu amigo. Passou 30 minutos e então resolvi entrar para ver o filme. Já era tarde. Os ingressos tinham acabado e só tinha para a próxima sessão.


Pensei em esperar acabar a sessão e me encontrar com o carinha. Mas amarelei!

No fim, fiquei sem meu paquera, meu amigo não veio, e não curti a noite.


Fui embora para casa dormir. Se arrependimento matasse!

Moral da história. Nunca deixe passar as oportunidades da vida, pois elas podem não passar novamente!

Beijos nos pés!

 

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