Foram dias maravilhosos, mas o mais importante de tudo são as trocas de
experiências que vivemos no dia a dia.
Logo que cheguei, apesar da rua estar deserta, tive uma boa impressão do
povo argentino.
Apesar de ter trocado o dinheiro em moedas argentinas, tive dificuldade
na hora de colocar a moeda na espécie de catraca.
Acabou que uma jovem senhora se
prontificou a pagar a minha viagem. Teve o senhor idoso de 90 anos que me
ensinou o caminho para o hostel e me deu dicas para ter cuidado na hora de
andar pelas ruas.
Quando cheguei no hostel, os brasileiros tinham bebido, e quando vieram
conversar comigo, fiquei um pouco assustado. Lembro até que recuei quando eles
se aproximaram muito. Deram dicas de como não ser assaltado pelos meninos de
rua. Disseram apenas para eu não dar confiança.
Sempre que saia andava com fone de ouvido. Só tirava na hora de
conversar com alguém, ou quando ia comprar alguma coisa, por respeito ao
vendedor.
Nunca jogava nada pelas ruas, mesmo quando estava suja. Colocava dentro
da mochila e jogava quando chegava no hostel.
Quando encontrava alguém inconveniente, tipo vendedor ou entrevistador,
falava (em inglês) para eles não compreenderem e saia fora.
Mas tentava ser o mais
gentil possível. Procurava falar com todos no hostel, quando saia e quando
voltava. Nem sempre dava boa noite. Às vezes apenas acenava.
Procurei assistir TV e a ouvir a Rádio local para me familiarizar com
o dialeto. Alguns falavam rápidos e outros mais vagarosos.
Quando saia procurava não ostentar. Usava roupas simples e discretas. Meu
relógio parou e acabei ficando só com o celular.
No começo achei ruim não ter levado o notebook, mas foi a melhor coisa
que fiz. Sem nada de valor, não tinha como ser roubado.
A melhor coisa que fiz foi pegar um mapa e um guia de viajantes com dicas para os
turistas que deram no hostel. Me ajudou a ir para todo o canto sem errar o
caminho.
Apesar de quente, sempre usava camisa. Só tirava quando estava dentro do
quarto. Nas ruas, a mulherada era quase sempre discreta. O brasileiro me disse
que não podia tirar a camisa na rua que era atentado ao pudor.
Lembro que
quando fui ao Cemitério, um segurança fez dois turistas colocarem as camisas. Ficou irritado e ainda pediru para eles fecharem os botões.
Levei meus pesos que troquei no shopping da minha cidade, mas descobri que eles adoram o dólar.
O brasileiro levou apenas duzentos dólares e trocou por 1.800 pesos. Tinha casas de câmbio na rua Florida e também no aeroporto.
Adorei o idioma desde a hora do desembarque.
Espero em breve voltar a Buenos Aires, porque adorei cada momento.
Beijos nos pés!
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