quinta-feira, 26 de julho de 2012

Clive Owen



Moreno, alto, maduro, jeito de homem que tem pegada, o inglês Clive Owen estrela da campanha do perfume Hypnôse e de vários filmes de Hollywood, guarda várias provocações atrás destes olhos verdes penetrantes.


Nascido em 3 de outubro de 1964 em Coventry, Inglaterra (Reino Unido), é o quarto de cinco irmãos. É filho de Pamela e do cantor de música country Jess Owen que abandonou a família quando ainda tinha três anos e, apesar de uma breve reconciliação quando tinha dezenove anos, os dois permanecem de relações cortadas. 

Criado pela sua mãe e pelo padrasto, um empregado de ferrovia, ele descreve a sua infância como tendo sido dura.


Esse britânico de 47 anos começou as aulas de teatro na escola, ainda criança, e não deu a mínima à descrença da mãe e do padrasto na sua vontade de ser ator. 

A prova de que fez bem de seguir a intuição veio em 1984: o jovem de classe média da cidade de Coventry foi aceito na prestigiada London Royal Academy of Dramatic Art.

Quatro anos depois, interpretava seu mais importante papel nos palcos: o de Romeu, ao lado da mulher que se tornaria sua Julieta na vida real, Sarah-Jane Fenton. 

O romance, claro, passou longe do enredo trágico. Ele se apaixonou à primeira vista, casaram após sete anos de namoro, tiveram as filhas Hannah e Eve e continuam juntos até hoje!


Na carreira, porém, Clive precisou percorrer um caminho mais longo. Aos 25 anos, já famoso na Inglaterra por estrelar a série de TV Chancer, o ator buscou desafios maiores. 

Sua persistência o levou a atuar em filmes como Crupiê – A Vida em Jogo, Assassinato em Gosford Park e A Identidade Bourne.


Começou a chamar a atenção em 2004, no filme Rei Arthur. Mas foi só no ano seguinte, quando Closer – Perto Demais estreou nas telonas, que ajoelhamos e agradecemos aos céus por essa bênção de 1,89 metro. Explodiu em Hollywood com os filmes Sin City, Fora de Rumo, O Plano Perfeito e Filhos da Esperança.


O papel de coadjuvante em Closer rendeu ao libriano os prêmios Globo de Ouro e Bafta e uma indicação ao Oscar. Clive havia protagonizado a trama no teatro, fazendo o personagem que, no cinema, foi de Jude Law. Para nossa alegria, no filme policial Mandando Bala, ele protagoniza uma cena tórrida com Monica Bellucci (de Lágrimas do Sol), que mistura sexo e troca de tiros com bandidos.


Teve uma infância difícil. Enquanto morou em Coventry, havia muitos desempregados porque as fábricas estavam fechando as portas. A banda The Specials, que era da cidade, fez uma música chamada Ghost  Town (Cidade fantasma).


Quando não está trabalhando, adora viajar com a família pela Escócia e pela Inglaterra. Adora Liverpool porque é torcedor de um time de futebol da cidade.


Gosta de corrida de cavalos. Mas como trabalha muito, prefere priorizar a família. Elas quando podem vão aos sets de filmagem para conhecerem e ficarem mais próximos dele.


Apesar de não ser um exímio cavaleiro, monta e se sente confiante, graças as aulas que teve de um treinador para poder filmar Rei Arthur.


Na hora de se vestir, não segue as tendências da moda. Prioriza a elegância, a simplicidade e a qualidade.


Procura malhar bastante antes de começar um trabalho, porque durante as filmagens não dá tempo de manter a regularidade.


Não sente medo de envelhecer, e acredita que a vida só fica melhor com o passar do tempo. As portas se abriram para ele a pouco tempo e por isso, se sente na melhor fase da vida.


Aprendeu que o segredo é ser bom no que faz, não importa se é um blockbuster ou um filme de arte. Apenas tenta escolher o melhor script e o melhor diretor. Segundo ele, um trabalho bacana e a sua competência é que vai sustentar a sua carreira e fazê-lo sentir-se vivo e saudável.


Gosta de ouvir The Specials, Bob Dylan e a banda inglesa Hard-Fi.


Cresceu assistindo os filmes do Scorsese. Também é fã dos clássicos, como os do Chaplin e do Buster Keaton.


Na cabeceira da cama, leu quase tudo de Primo Levi. Também é fascinado por Raymond Chandler.


O primeiro filme que assisti com esse cara foi o suspense que concorreu ao Oscar chamado Assassinato em Gosford Park. Apareceu uma cena dos pés dele e fiquei logo apaixonado pelo pezão do cara. Também assisti A Identidade Bourne, Sin City e Closer – Perto Demais. Espero tomar coragem e quem sabe, assistir outros filmes estrelado por nosso gato maduro.


Fonte: Revista Nova, 10/2007.


Beijos nos pés!