sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Namorado ciumento

Estava na balada. De repente algo iluminado aconteceu. Parecia um conto de fadas. Avistei um carinha que me deixou todo arrepiado! Era alto, branco, loiro, olhos bem verdes. Parecia um príncipe encantado! 

Dessa vez tive certeza que tinha encontrado minha cara metade. O cara se aproximou. Parecia bem educado. Cochichou em meu ouvido que havia gostado de mim. Fomos para uma área menos barulhenta. 


Sentamos no bar e tomamos um drink. O cara me contou que era filho único e que havia vindo para São Paulo para fazer faculdade. De dia trabalhava como segurança e de noite estudava. Morava em uma república e ninguém sabia de sua homossexualidade. Morria de medo que alguém descobrisse algo. 


Seus pais não podiam nem pensar nessa possibilidade. Parecia coisa de outro mundo. 

Por mais que as pessoas sejam preconceituosas, acho que já chegamos numa época em que as coisas são encaradas mais naturalmente. Em todo caso, resolvi levar nosso namoro adiante. Quando ficamos juntos pela primeira vez foi como mágica. 

Ele era uma pessoa doce, mas ao mesmo tempo viril. Sabia beijar muito bem e ainda por cima, tinha uns lindos pés. Quando nos despimos, olhei primeiro para seus pés. 

Difícil acreditar né! Sua pele era bem branca, os poucos pelos de seu corpo eram loiros, tinha mãos grandes e bem macias, estava um pouquinho acima do peso. Gosto de homens assim! 

Seus pés eram grandes, brancos, rosados, macios e bem quentinhos. Quando deitamos, a primeira coisa que fiz foi tocar meus pés aos dele. Sentir aquela maciez. Lembro que meu pau ficou ereto na hora! Isso me dá muito prazer! Depois de fazermos amor, continuei a deslizar meus pés aos dele. Acho que ele percebeu que tinha fetiche por pés, mas não se importou!


Nossa relação durou um bom tempo, mas a cada dia, ele ia ficando mais possessivo com relação a mim. Tinha ciúmes quando eu ligava para a república e alguém atendia o telefone e conversava comigo. Não me apresentava nem como amigo para seus colegas de república, trabalho ou faculdade. 


E muito menos queria me apresentar a seus pais. Começou a controlar até os horários em que eu ligava para ele. Quando não ligava no horário, levava bronca. Tinha sempre que estar à sua disposição. Aguentei o máximo que pude em nome da paixão, porque isso não era amor! 

Então resolvi acabar com tudo. Sofri um bocado, visto gostar muito dele, mas não podia me anular tanto assim. Acho que antes de tudo, principalmente em uma relação a dois, precisamos pensar primeiramente em nosso bem estar físico, mental e emocional. 

Hoje em dia, apenas sinto falta daqueles lindos e grandes pés macios que me proporcionaram inexorável prazer!

Beijos nos pés!