domingo, 7 de agosto de 2011

O "damo" do lotação

Sai do trabalho e fui para a parada de ônibus como de costume. Nesse dia, tinha um carinha com uniforme escolar. Devia estar no Ensino Médio. O carainha era bem branco. Media em torno de 1,75 de altura, tinha um rosto de macho apesar de aparentar pouca idade. Estava com a barba por fazer.

Entrei no ônibus e fiquei lendo uma revista “Veja” da semana. Enquanto lia, me segurava em um corrimão que era separado por um vidro. 

O carinha ficou atrás do vidro e começou a roçar suas mãos nas minhas. Eram bem macias. Como não as tirei, ele deu uma disfarçada e colocou-a sobre a minha. 

Lembro que estava meio molhada, acho que era suor. Sabia que era ele, como tinha gostado do cara, continuei lá imóvel. Fiquei apreensivo de alguém perceber o que estava acontecendo conosco. Mas eram muitas mãos para pouco corrimão. Acho que ninguém notou.

O cara roçava com vontade sobre minhas mãos como se estivesse fazendo massagem. Deve ter ficado de pau duro. Eu fiquei! Tive que colocar minha mochila na frente das partes íntimas para ninguém notar o volume. Nunca fui massageado nas mãos, principalmente em um ônibus lotado. 

Para mim, senti um macho roçando em meu corpo é uma coisa muito prazerosa. Não estou me referindo a sexo. Uma roçada no braço, uma batida nos ombros. No ônibus, sempre tem algum cara que se esfrega na gente. 
Fiquei imaginando os pés brancos e macios que ele deveria ter roçando nos meus. Que tesão! Depois de alguns minutos naquela esfregação, o ônibus foi esvaziando e o cara teve que sair do lugar. Lembro que quando foi embora, eu dei uma olhada para ele. Ele sorriu e deu uma cheirada em sua mão. 

Acho que gostou do meu cheiro. Depois desse dia, nunca mais encontrei o carinha. Agora entendo quanto prazer Nelson Rodrigues teve em escrever “A dama do lotação”!

Beijos nos pés!

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